11.05.2011

Ameaçar, maltratar, oprimir, arreliar, assustar, etc.

Todas estas palavras, que sinceramente me assutam, são todas o significado de uma: BULLY.
Talvez ninguém irá reconhecer por Bully, mas sim por bullying. Ameaçar, maltratar, oprimir, arreliar, assustar? Pois é...
Desde criança eu sofri por bullying, de início eu achava que não me importava, porque na verdade eu nunca me importei. O que falávam ou achavam de mim, não me importava. Mas quando fui crescendo eu comecei a me importar, tomei isso pessoal, eu lembrava de quando eu era uma criança e ninguém me aceitava por como eu era... Estranha, diferente, exótica, excêntrica.
Lembrava de quando os garotos me chamavam disso e daquilo, de que eu nunca iria "pegar" ninguém na minha vida. E realmente, enquanto eu via todas minhas "amiguinhas" ficando com 32416841 caras, eu ainda era "BV."
E isso começava a me preocupar. Então eu sempre me olhava no espelho e pensava "eu sou feia, eu sou isso, eu sou aquilo..."
Sim, isso me assustou, me oprimiu, me maltratou, durante tanto tempo, eu guardava aquela angústia dentro de mim, por tudo que falavam que eu era. Por tudo que eu comecei a achar que eu era.
Mas não, eu vi que eu era melhor do que eu "via" no espelho. Hoje eu sei o que sou, sei que sou muito mais do que falávam e ainda falam, sei que sou muito mais do que pareço ser, sei que já consegui "pegar" muitos caras lindos, enquanto minhas amigas só pegam os "chinelos." Ah sim, eu sei que eu sou muito mais do que esses que falávam de mim. Sei quem eu sou, e sei o que eu posso. Eu posso tudo! Basta eu acreditar, e eu acredito, eu acredito em mim mesma, acredito no que sou capaz.
Sei que não preciso pegar 300 pessoas para provar que sou "Boa" o suficiente, não preciso provar nada para ninguém, sei que um dia, quem gostar de mim, vai gostar pelo o que sou, não pelo o que aparento ser. Sei que meus amigos, os verdadeiros, me amam pelo meu jeito, não se sou magra, gorda, branca, negra, loira, morena, foda-se!
O importante é você estar bem com o que você é, o importante é você ser feliz, e fazer as pessoas felizes, sejam elas como forem!
Eu agradeço à todos meus amigos, de verdade, por tudo que eles fizeram por mim, e agradeço principalmente à aqueles que sempre me julgaram, e me criticaram, por todos aqueles que me olharam torto, porque foi graças à vocês que eu cresci e amadureci! Foi graças à vocês que hoje, eu sou muito mais que vocês.

Untitled.

Danielle Aparecida Moraes e Arielle Moraes, são, ou ao menos eram, meus maiores motivos de viver. Minhas irmãs.
A mais velha, 22 anos, Dani, sempre foi minha segunda mãe. Desde minha infância, que por sinal não lembro muito bem, ela sempre cuidou de mim, como se fosse sua própria filha. Talvez porque ela sempre teve o sonho de ser dona de casa, se casar, ter filhos e cuidar da própria vida, então ela aproveitava suas oportunidades e desde pequena cuidava de tudo em casa com minha mãe. Eu cresci ao lado de Dani como sua filha, sempre a amei muito, verdadeiramente, e sempre fui muito nas colas dela, se ela fazia algo eu queria fazer também, se ela vestia algo eu também queria, eu sempre achei ela linda, simpática, querida, e tudo de maravilhoso. Quando ela era jovem, era popular, bonita, e eu sempre quis isso pra mim. E por falar nisso, até me lembrou outro assunto que de fato será meu próximo post. Mas continuando aqui... Sempre fui muito levada nas ondas da minha irmã mais velha, e não sei por quais motivos, sempre odiei muito minha irmã do meio. 19 anos, Ari. Desde pequena eu fazia guerra com ela, armava todas sempre deixando ela como culpada na história, sempre a odiei. Tanto que eu me lembro, que eu ia na psicóloga quando muuuuito pequena, e eu lembro de falar sobre meu ódio. Quando crescemos, elas duas ainda jovens, eu odiava Ari mais ainda, porque elas eram super amigas, e a Dani contava TUDO para Ari. E para mim nada, pois eu era muito criança ainda. Mas isso ainda bem passou... Dani se mudou já fazem alguns anos, não muitos, hoje em dia ela tem sua própria casa e é casada com Leandro, mais conhecido por Júnior.
A Dani faz muita falta para mim, sinto muita, mas muita falta dela aqui comigo, me dando bronca, cuidando de mim, brincando comigo e tudo mais. Mas me sinto super feliz por ela estar realizada com sua casa, seu marido e sua vida, afinal, ela ainda tem muito para viver, e muito ainda para me dar orgulho.
Afinal, eu sempre falei que morro de ciúmes de Dani por ser minha "mãezinha", e o dia que ela tivesse um filho eu iria ter mais ciúmes. Mas isso já passou, rs.
Com Dani fora de casa por tanto tempo, eu e Ari fomos nos aproximando demais, e assim, virando super amigas. Sei muitas coisas que talvez nem Ari deva se lembrar, tínhamos uma confiança enorme uma na outra, ou melhor, ela sempre teve confiança em mim, eu nunca tive nela... Motivos? Ainda não sei ao certo, não todos eles. Arielle tem a cabeça muito fechada, ela vive num mundo dela, e na verdade, ela é muito "maria vai com as outras", ou melhor ainda para descrever: cabeça fraca.
Ela e minha mãe se estressam muito uma com a outra, por opiniões diferentes, principalmente em assuntos como preconceito, e carreira. É, vou contar um pouquinho sobre isso...
Meu primo, Rafael, se assumiu faz um tempo, e como já falei que minha família por parte de mãe é um tanto "velha, antiquada", eles ficam meio assim, dizem que apoiam mas nas costas falam horrores, o que me deixa mal. Por exemplo com minha avó... Ela era a pessoa da família que achavamos que ia ficar mais mal com o assunto sobre Rafael ser gay, então enrolávamos ela, não tocávamos no assunto perto dela, e finalmente quando ela ficou sabendo, ela disse para meu primo que ia continuar amando ele, custe o que custar, mas dias antes de sua morte, ela falou o quanto odiava a situação e que não aceitava. Então no seu enterro, meu primo obviamente muito triste, pensou e falou "Ao menos sei que ela me aceitava e me amava por quem eu sou...", e isso caiu como uma bomba para mim. Ele não sabe sobre isso, mas me dói lembrar que na realidade, minha avó nunca aceitou, e ele pensa que ela aceitava.
Mas voltando ao assunto... Arielle e Rafael são MEGA apegados! E Ari, assim como eu, defende muito nosso primo, não só porque ele é nosso primo, mas não temos nada contra gays e ambas odiamos preconceito. Porém, Ari defende DEMAIS! Situações como...

Meu cunhado, Júnior, não aceita muito bem gays, mas também não é preconceituoso. Então minha irmã, conversou calmamente com meu primo e seu namorado, William, pediu para que quando eles fossem à casa dela, que não ficassem de amassos, beijos, e coisas do tipo, porque o marido dela não gostava e nem a família de Júnior. Então meu primo aceitou numa boa, e falou que entendia. Minha tia, mãe de Rafel (que atualmente estou morrendo de raiva) disse para que ele fizesse de propósito, fosse na casa de minha irmã e provocasse agarrando o namorado. Pra que tanta complicação se o próprio Rafael já disse que entendia a situação?

Enfim... Minha irmã Ari acabou brigando com minha mãe por isso que contei agora. Foi uma briga bem feia, então Ari para aliviar a cabeça, foi na casa da colega de trabalho, Michelle, e foi tomar umas e outras... Aí outra situação de briga, onde até eu me envolvi...

Arielle faz o seguinte: Bebe até cair para se divertir. E eu, meu pai, e minha mãe achamos o cúmulo! Pois diversão é com os amigos, e não com a bebida. Aí eu acabei brigando com Ari também, pois já fui em várias festas com ela onde ela bebia horrores, ficava uma chata e eu tinha que aturar, ou então festas que não bebíamos e ela reclamava. E por sinal, ela SEMPRE reclama que falta companhia pra festa, quando eu estou bem na frente dela. Situações, huh?!

Outro assunto que causa estresse aqui é carreira. Arielle sonha em ser cantora, mas nunca faz nada pelo sonho. Ela fica parada achando que tudo vai aparecer como mágica. Várias vezes falamos em ir para um pub karaokê, e ela se recusou, por vergonha, ou outros motivos alheios. Ou então falávamos para ela ir fazer um curso, para melhor o vocal porque ela não canta 100%, afinal, ninguém canta; Mas como sempre: ela se recusava. Acho que é orgulhosa demais. Aí então ela quer brigar comigo dizendo que minha mãe me pagaria meu curso de tatuagem e para ela nem um simples apoio minha mãe dá. O que é mentira. Minha mãe sempre apoia e fala a verdade na cara. Minha mãe já fez tanto, mas tanto pela Ari que ela nem dá valor, afinal, sobre a carreira minha mãe sempre reclama da Ari, pelo motivo que falei: Falar, sonhar, desejar, e não fazer nada além de "falar, sonhar e desejar."

Eu perdi minhas esperanças e confiança na Ari. Não conto mais "tudo" para ela como eu fazia há muito tempo atrás, perdi a fé, sabe? Às vezes uma coisa simples que eu tenho necessidade em falar, eu não posso. Algo tipo "hoje eu fiz tal coisa na aula", e não posso, até mesmo porque já perdi a vontade.

Mas para finalizar, a coisa que mais me dói, é na verdade por minha mãe. Coisas que minha irmã falou, e minha mãe me sentiu péssima.
Como a situação de minha irmã mais velha ter filhos, Ari julgou dizendo "Não, ela deve esperar, vai estragar a vida dela, porque filhos fazem isso, estragam a vida. Fazem os pais se preocupar, gastar dinheiro, isso e aquilo..." Ela falou um monte de coisas horríveis, e minha mãe conversou comigo sobre isso, e quase chorou falando sobre.

Disse que ela não percebe que ela é uma filha, e que minha mãe nunca achou que estragou sua vida por filhos. Minha mãe acha que é uma péssima mãe, por todas as coisas que Ari já fez, e principalmente falou ou pensa. Minha mãe acha que seu papel de "Mãe", não foi bem exercido. Talvez, mas não foi com Ari apenas. Eu me sinto mal por saber que minha mãe se sente assim, triste, com raiva. Mas o pior, é que nada nem ninguém pode melhorar esse problema, nada nem ninguém pode mudar o que minha mãe pensa, e sente sobre isso tudo...

Esperando a criatividade chegar...

Ah, e esse sábadinho pra desanimar?
Bom, estou criando este blog como um diário, mas não "secreto", é mais para poder desabafar, e talvez, sabendo que alguém irá ler e se identificar, ou simplesmente me entender, porque eu não me entendo ainda...

O primeiro post vou começar a falar sobre meus pais, o início de tudo, não é?
Minha mãe? Ah... Amo ela! O nome dela é Arlete, nascida de um casal de primos, uma família um tanto "antiquada", ela é wicca, da religião de bruxos. Me orgulho muito dela, por tudo que ela já enfrentou na vida, por tudo que ela fez por mim e simplesmente por tudo que ela é. Ela é meu motivo de inspiração, em primeiro lugar respeito muito ela. Claro que toda mãe tem defeitos, mas quem se importa quando a maior parte dela são qualidades? Ou eu que sou cega, vai ver é porque me identifico 90% com ela...
Enfim... Minha mãe sempre me ajudou a enfrentar dificuldades, sempre esteve do meu lado, mesmo sabendo que eu estava errada, no fundo ela sempre iria me defender. Minha mãe me ensinou coisas que vou levar sempre comigo, infelizmente, ela me ensinou apenas 5% de tudo que ela sabe, e eu gostaria muito de ser que nem ela, de verdade.
Sinceramente não sei muito o que falar sobre ela... só sei dizer que devo tudo à ela.

Meu pai... ahm... Provavelmente vou escrever bastante agora. Porque não sei ao certo o que sinto sobre ele. Nascido de um senhor nobre e uma puta (Ainda irei falar sobre minha avó), vindo de uma família de cobras, mulas, ratos, e tudo quanto é coisa ruim. O que eu quis dizer foi: Falsos, burros, sujos, e a pior família possível. Bom... Meu pai em sua adolescência bebia, fumava, era uma péssima pessoa, mas quando conheceu minha mãe ela o fez mudar completamente, e por fim, não sei se isso foi tão bom assim. Motivos? Eu simplesmente não suporto quem meu pai é hoje. Nem minhas irmãs, nem minha mãe, nem ninguém. Vou começar com os motivos simples que eu sempre reclamo.
Ele sempre diz que vive a vida dele pela família e blablabla. Mas é tudo mentira. Ele vive a vida dele por: trabalho e futebol. Às vezes quando ele está em casa sem fazer nada, ele varre, ele lava a louça, seca, limpa a casa inteira, porque não consegue parar um segundo. Nasceu para ser escravo... Ou então o pior, o futebol que eu já não suporto. Quando eu era pequena, eu sempre fui mais apegada à ele, eu saía muito com ele, principalmente em seus jogos de futebol, eu torcia, jogava com ele muito, mas isso foi mudando, e foi me dando raiva. Ele faz a típica brincadeira de sempre que passa por um campo onde tenham garotos jogando bola, falar "Tá falando um ali" ou "Ó, estão me chamando..." Até mesmo quando estamos fazendo algo mais importante, ele fica impaciente olhando para o campo, faz as coisas rápidas só pra ir jogar, sem se importar conosco. No caso: Ele vive pra ser escravo e ter um lazer de quebrar os ossos.
Sempre volta quebrado dos jogos e não fala nada para ninguém, depois passa mal e ninguém sabe o porquê. Já falei 356686465847 mil vezes que gostaria que ele quebrasse a perna pra aprender, e falo de verdade, porque gostaria que acontecesse mesmo.
Enfim. Outras coisas que não suporto nele, é principalmente o estresse fácil, e o perfeccionismo no mundo.
Estresse fácil: Qualquer coisa que alguém falar que ele não goste, ele já faz a guerra. Por exemplo: Ele não suporta ouvir Funk nem Rock.
Uma vez tocou um funk no fundo de uma novela que minha mãe estava olhando, e ele já trocou de canal porque estava tocando a música. Sendo que mal dava pra ouvir, e minha mãe estava olhando o programa. COMO ASSIM?!
Ou quando eu escuto as minhas músicas (rock), ele já surta mandando eu baixar o volume ou então vou sair do computador. Tenho que aturar né...
E então a mania de perfeccionismo no mundo. Para tudo na vida dele tem que ser perfeito. Até mesmo uma simples briga de irmãos. Eu e minha irmã não podemos falar num tom mais alto, ou até mesmo brincar que estamos brigando que ele já explode, porque "briga de irmão existe, mas não precisa ter nesta casa."

Odeio tanto meu pai, que não suporto ouvir os passos dele, ouvir a voz dele, sentir o cheiro ou o toque dele, não aguento mais nada. Minha vontade era sumir desta casa, talvez da cidade, e até de País. Quem dera eu conseguir fazer logo meu curso de tatuagem, conseguir trabalhar com isso e ganhar muito dinheiro para sair daqui. Acho que atualmente a única coisa que não me deixa fazer isso de verdade, é uma pessoa. Enfim, esta pessoa é a única que me prende aqui, só me impede de sair daqui porque eu sei que eu não aguentaria ficar longe dela, por mim eu a levaria comigo. Que fosse até pro Japão, eu iria com ele (mesmo não suportando o lugar). De qualquer maneira, não vou negar que já pensei ou tentei me matar, fugir, fazer as piores coisas possíveis para meus pais me mandarem para fora daqui, ou para um hospício... Só não tento novamente porque agora acho que não valeria a pena.
Muitas vezes me perguntei o motivo de minha vida, hoje eu sei o motivo, mesmo com muita dor, sofrimento, angústia, agonia, e tudo de péssimo que já passei, uma única coisa me faz forte e feliz.
Me sinto um pouco melhor por desabafar, mas sei que por dentro ainda estou cicatrizando minhas feridas.